A prática de exercícios no verão é alta, principalmente nas cidades litorâneas, onde o culto ao corpo é muito grande, como no Rio de Janeiro.
Os anabolizantes promovem um aumento da síntese protéica, diminuição da massa de gordura corporal e retenção hídrica. Essas alterações acarretam em ganho de massa muscular e de força, além de diminuição do percentual de gordura, porém associado a comum impressão de um corpo “inchado”, devido à retenção hídrica. Estas substâncias promovem benefícios para a saúde em casos patológicos, não devem ser usados em hipótese alguma com fins puramente estéticos. Neste caso, os efeitos são deletérios para vários sistemas corporais, podendo levar à infartos do miocárdio; acidentes vasculares cerebrais; trombose; aumento da agregação plaquetária; cardiomiopatias; diminuião do colesterol HDL; aumento do colesterol LDL; infertilidade; impotência; atrofia testicular; tumores benignos e malignos no fígado; peliose hepática; ginecomastia; virilização, crescimento de pêlos na face e atrofia dos seios (em mulheres).
Os anabolizantes devem ser administrados apenas sob prescrição médica, visando o tratamento de uma patologia ou de uma deficiência hormonal. Em hipótese alguma podem ser administrados com fins estéticos em associação com exercício. Inclusive, alguns trabalhos realizados na UFRJ, utilizando animais de laboratório, mostraram que o tratamento com uma dose 60 vezes superior a recomendada durante 8 semanas foi capaz de promover distúrbios tireoidianos, disfunção parassimpática e perda da tolerância a eventos isquêmicos (cardioproteção) promovida pelo exercício. Além disso, o uso de altas doses do anabolizante decanoato de nandrolona impediu o aumento da atividade antioxidante enzimática cardíaca promovida pelo exercício, o que acarreta em maior estresse oxidativo tecidual, aumentando as chances de lesão cardíaca induzida por radicais livres.
Os anabolizantes não são indicados com fins estéticos. Tanto homens quanto mulheres já produzem as respectivas quantidades de esteróides anabólicos em seu próprio corpo, com exceção de pessoas que apresentem algum distúrbio glandular. Neste caso, nada melhor que um médico especialista para recomendar o tratamento específico para cada quadro patológico.
